quarta-feira, 8 de outubro de 2014

CONCILIO DE NICÉIA N.1

                                               
                                         Primeiro Concílio de Niceia
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Data      20 de maio de 325 - 19 de junho de 325

Aceite por           Católicos Romanos, Ortodoxos e Protestantes

Concílio anterior               Concílio de Jerusalém

Concílio seguinte              Primeiro Concílio de Constantinopla

Convocado por   Imperador Constantino I e Papa São Silvestre I

Presidido por      Bispo Alexandre de Alexandria ou Osio Bispo de Córdoba

Afluência             250-318
Tópicos de discussão       Arianismo, controvérsia da Páscoa, cisma meleciano, batismo de heréticos e o estatuto dos prisioneiros na perseguição de Licínio.

Documentos       O Credo Niceno original, os cânones

Todos os Concílios Ecuménicos Católicos

O Primeiro Concílio de Niceia foi um concílio de bispos ( epískopos ) cristãos reunidos na cidade de Niceia da Bitínia (atual İznik, Turquia), pelo imperador romano Constantino I em 325 d.C.. O concílio foi a primeira tentativa de obter um consenso da igreja através de uma assembleia representando toda a cristandade.
O seu principal feito foi o estabelecimento da questão cristológica entre Jesus e Deus, o Pai; a construção da primeira parte do Credo Niceno; a fixação da data da Páscoa; e a promulgação da lei canônica.

1 Localização e participantes
2 As questões doutrinárias
3 Historiadores do Concílio de Niceia
4 O caráter, a sociedade, e os problemas
5 Os procedimentos
6 A profissão de fé e os cânones do Concílio de Niceia


Localização e participantes
  
Niceia (hoje İznik), é uma cidade da Anatólia (hoje parte da Turquia). No verão de 325, os bispos de todas as províncias foram chamados ao primeiro concílio ecumênico em Niceia: um lugar facilmente acessível à maioria dos bispos, especialmente aos da Ásia, Síria, Palestina, Egipto, Grécia, Trácia e Egrisi (atual Geórgia ocidental). O número dos membros não pode exatamente ser indicado; Atanásio contou 318, Eusébio somente 250. Foram oferecidas aos bispos as comodidades do sistema de transporte imperial - livre transporte e alojamento de e para o local da conferência - para encorajar a maior audiência possível. Constantino abriu formalmente a sessão.
A religião cristã nesses tempos era majoritária unicamente no Oriente. No Ocidente, era ainda minoritária, especialmente entre os pagãos (do latim paganus, que significa "camponês", "rústico"), pois grande parte da população vivia no campo. Daí o nome de pagãos para os gentios. Uma exceção era a região de Cartago ou Túnis. Portanto, os bispos orientais estavam em maioria; na primeira linha de influência hierárquica estavam três arcebispos: Alexandre de Alexandria, Eustátio de Antioquia, e Macário de Jerusalém, bem como Eusébio de Nicomédia e Eusébio de Cesareia. Entre os bispos encontravam-se Stratofilus, Bispo de Pitiunt (Bichvinta, reino de Egrisi).
O ocidente enviou não mais de cinco representantes na proporção relativa das províncias: Marcus de Calábria da Itália, Ceciliano de Cartago da África, Ósio de Córdoba (Hispânia), Nicasius de Dijon, na França, e Domnus de Stridon da província do Danúbio. Estes dignitários eclesiásticos naturalmente não viajaram sozinhos, mas cada qual com sua comitiva, de modo que Eusébio se refere a um grupo numeroso de padres acompanhantes, diáconos e acólitos.
Entre os presentes encontrava-se Atanásio, um diácono novo e companheiro do bispo Alexandre de Alexandria, que se distinguiu como o "lutador mais vigoroso contra os arianos" e similarmente o patriarca Alexandre de Constantinopla, um presbítero, como o representante de seu bispo, mais velho.
O papa em exercício na época, Silvestre I, não compareceu ao concílio, que aconteceu no Oriente, a grande distância de Roma. Assim os papas não participavam dos primeiros Concílios e enviavam representantes seus. Entretanto, importante ressaltar que as sedes patriarcais sempre eram consultadas na resolução das grandes questões. Silvestre já fora informado da condenação de Ário, ocorrida no Sínodo de Alexandria (320 a 321), e para o Concílio de Niceia enviou dois representantes, Vito e Vicente (presbíteros romanos).
Segundo Atanásio, contemporâneo dos eventos (Apol. de fuga sua, c. 5), quem presidiu o concílio foi o Ósio de Córdoba. Também afirmam-no implicitamente os próprios arianos escrevendo que ele "publicara o sínodo de Niceia" (Ap. Athânas, Hist. arian. c. 42).
Outra fonte da influência, apesar do não comparecimento do Bispo de Roma, é que as assinaturas dos três clérigos - Osio, Vito e Vicente - estão sempre em primeiro lugar, bem como a citação de seus nomes pelos historiadores do Concílio, o que seria estranho, dado que o concílio se deu no Oriente, e os três clérigos eram ocidentais - o primeiro um bispo espanhol e os outros dois sacerdotes romanos. Só o fato de serem representantes do Papa explicaria tal comportamento.
As questões doutrinárias
Este concílio deliberou sobre as grandes controvérsias doutrinais do cristianismo nos séculos IV e V. Foi efetuada uma união entre o extraordinário eclesiástico dos conselhos e o Estado, que concedeu às deliberações deste corpo o poder imperial. Sínodos anteriores tinham-se dado por satisfeitos com a proteção de doutrinas heréticas. Porém o concílio de Niceia foi caracterizado pela etapa adicional de uma posição mais ofensiva, com artigos minuciosamente elaborados sobre a fé. Este concílio teve uma importância especial também porque as perseguições aos cristãos tinham recentemente terminado, com o Édito de Constantino.
A questão ariana representava um grande obstáculo à realização da ideia de Constantino de um império universal, que deveria ser alcançado com a ajuda da uniformidade da adoração divina.

Ícone com os Pais Sagrados do Primeiro Concílio de Niceia que seguram o Credo Niceno-Constantinopolitano
Os pontos discutidos no sínodo eram:
A questão ariana
A celebração da Páscoa
O cisma de Melécio de Licópolis
O baptismo de heréticos
O estatuto dos prisioneiros na perseguição de Licínio.

Embora algumas obras afirmem que no Concílio de Niceia discutiu-se quais evangelhos fariam parte da Bíblia, não há menção de que esse assunto estivesse em pauta, nem nas informações dos historiadores do concílio, nem nas atas do concílio que chegaram a nós em três fragmentos: o Credo dos Apóstolos, os cânones, e o decreto senoidal. O Cânone Muratori, do ano 170 d.C., portanto cerca de 150 anos anterior ao concílio, já mencionava os evangelhos que fariam parte da Bíblia. Outros escritores cristãos anteriores ao concílio, como Justino Mártir, Ireneu de Lyon, Papias de Hierápolis, também já abordavam a questão dos evangelhos que fariam parte da Bíblia.
É um fato reconhecido que o antijudaísmo, ou o antissemitismo cristão, ganhou um novo impulso com a tomada do controle do Império Romano, sendo o concílio de Niceia um marco neste sentido. Os posteriores concílios da Igreja manteriam esta linha. O Concílio de Antioquia (341 d.C.) proibiu aos cristãos a celebração da Páscoa com os judeus. O Concílio de Laodiceia proibiu os cristãos de observar o Shabbat e de receber prendas de judeus ou mesmo de comer pão ázimo nos festejos judaicos.
Historiadores do Concílio de Niceia
Uma boa fonte para o estudo deste período histórico é-nos apresentada hoje sob a forma da obra de Edward Gibbon, um historiador representativo do iluminismo inglês do século XVIII, ainda hoje lida e traduzida para várias línguas: A história do declínio e queda do Império Romano.
Há diversas obras a respeito do Concílio de Niceia, mas de fato os historiadores que gozam de mais credibilidade e são a fonte desse período histórico para os demais autores são os próprios contemporâneos do evento: Eusébio de Cesareia, Sócrates de Constantinopla, Sozomeno, Teodoreto e Rufino, junto com algumas informações conservadas por Atanásio e uma história do concílio escrita em grego no século V por Gelásio de Cícico.

O caráter, a sociedade, e os problemas

A cristandade do século II não concordava sobre a data de celebração da Páscoa da ressurreição. As igrejas da Ásia Menor, entre elas a importante igreja de Éfeso, celebravam-na, juntamente com os judeus, no 14º dia da primeira lua da primavera (o 14º Nisan, segundo o calendário judaico), sem levar em consideração o dia da semana. Já as igrejas de Roma e de Alexandria, juntamente com muitas outras igrejas, tanto ocidentais quanto orientais, celebravam-na no domingo subsequente ao 14º Nisan. Com vistas à fixação de uma data comum, em 154 ou 155 d.C., o bispo Policarpo de Esmirna, entrou em contato com o papa Aniceto, mas nenhuma unificação foi conseguida e o assunto permaneceu em aberto.
Foi no concílio de Niceia que se decidiu então resolver a questão estabelecendo que a Páscoa dos cristãos seria sempre celebrada no domingo seguinte ao plenilúnio após o equinócio da primavera. Apesar de todo esse esforço, as diferenças de calendário entre Ocidente e Oriente fizeram com que esta vontade de festejar a Páscoa em toda a parte no mesmo dia continuasse sendo um belo sonho, e isso até os dias de hoje.
Além desse problema menor, outra questão mais séria incomodava a cristandade católica: como conciliar a divindade de Jesus Cristo com o dogma de fé num único Deus?
Na época, a inteligência dos cristãos ainda estava à procura de uma fórmula satisfatória para a questão, embora já houvesse a consciência da imutabilidade de Deus e da existência divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Nesse quadro, um presbítero de nome Ário passa a defender em Alexandria a ideia de que Jesus é uma "criatura do Pai", não sendo, portanto, eterno. Em suas pregações, Ário por várias vezes insistia em afirmar em tom provocativo que "houve um tempo em que o Filho não existia". Dizia que Cristo teria sido apenas um instrumento de Deus mas sem natureza divina. A esse ensinamento de Ário aderiram outros bispos e presbíteros. Sobretudo, o bispo Eusébio de Cesareia, conhecido escritor da igreja, que se colocou do lado de Ário.
Por outro lado, a doutrina de Ário, ou arianismo, foi prontamente repudiada pelo restante dos cristãos, que viam nela uma negação do dogma da Encarnação. O repúdio mais radical talvez Ário tenha encontrado no bispo Alexandre de Alexandria e no diácono Atanásio, que defendiam enfaticamente a divindade de Cristo. Um sínodo foi convocado e a doutrina do Ário foi excluída da igreja em 318 d.C.]. Mas o número de seus adeptos já era tão grande que a doutrina não pode ser mais silenciada. A situação se agravava cada vez mais e, desejoso de resolver de vez a questão, o imperador romano Constantino, que recentemente, no ano de 324 d.C., havia acrescentado o Império Romano do Oriente a seus domínios, convocou um concílio ecumênico.
Dado este importante, pois apesar de Constantino agora ser o imperador também do oriente mostra a independência que os bispos orientais (a maioria no concílio) tinham do seu recente imperador.

Os procedimentos

O Concílio de Niceia.

O concílio foi aberto formalmente a 20 de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Ário, com alguns seguidores, em especial Eusébio de Nicomédia, Teógnis de Niceia, e Máris de Calcedônia, parecem ter sido os principais líderes. As sessões regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do imperador. O imperador abriu a sessão na condição de presidente de honra e, depois, assistiu às sessões posteriores, mas a direção das discussões teológicas ficou com as autoridades eclesiásticas.
Nem Eusébio de Cesareia, Sócrates, Sozomeno, Rufino nem Gelásio de Cícico proporcionam detalhes das discussões teológicas. Rufino nos diz tão somente que se celebraram sessões diárias, as opiniões de Ário eram escutadas e discutidas com seriedade, apesar que a maioria se declarava energicamente contra suas doutrinas.
No início os arianos e os ortodoxos mostraram-se incondescendentes entre si. Os arianos confiaram a representação de seus interesses a Eusébio de Cesareia, cujo nível e a eloquência fez uma boa impressão perante o imperador. A sua leitura da confissão dos arianos provocou uma tempestade de raiva entre os oponentes.
No seu interesse, assim como para sua própria causa, Eusébio, depois de ter cessado de representar os arianos, apareceu como um mediador. Apresentou o símbolo (credo) baptismal de Cesareia que acabou por se tornar a base do Credo Niceno.
A votação final, quanto ao reconhecimento da divindade de Cristo, foi um total de 300 votos a favor contra dois desfavoráveis. A doutrina de Ario foi anatematizada e os dois bispos que votaram contra e mantiveram sua posição, contrariando a posição do concílio, foram exilados pelo imperador.


O conflito aceso pelo presbítero alexandrino Ário assumiu maiores dimensões e um caráter mais formidável. Constantine na primeira tentativa de restaurar a calma em Alexandria por transmissão de uma epístola pelo bispo Osio de Córdoba, mas suas advertências foram infrutíferos. Assim, uma vez que outros pontos discutíveis estavam em questão, ele recorreu a uma instituição previamente evoluiu pela Igreja Cristã - a convocação de um sínodo para se pronunciar sobre questões candentes - qualificando-a, no entanto, para corresponder com as novas circunstâncias. Ele convocou um conselho, projetado para representar toda a Igreja do Império, em Nicéia, na Bitínia, uma cidade situada no grande caminho desde o verão imperial-residência de Nicomédia e com fácil acesso por mar dos bispos orientais. 

Entre as várias estimativas sobre o número de delegados, a declaração de Atanásio, que fala de 318 membros, tem dominado a tradição. Em conseqüência das grandes distâncias, o Ocidente foi, mas fracamente representadas. Da Espanha, Hosius - o bispo de Cordova acima mencionado - fez a sua aparição; da Gália, Nicasius de Dijon; da Dalmácia, Domnus de Stridon; da Itália, Marcus de Calabria com dois presbíteros como deputados do bispo romano Silvester; e do norte da África, Caecilian de Cartago. Assim, uma imensa maioria do sínodo aclamado do Oriente. Os bispos das três metrópoles mais importantes estavam presentes - Alexandre de Alexandria, Eustáquio de Antioquia e Macário de Jerusalém -, enquanto a. papel de destaque também foi interpretado por Eusébio, bispo da cidade imperial Nicomédia, e seu xará erudita, Eusébio de Cesaréia. 

Dos outros prelados não poucos se tinham distinguido como confessores na perseguição mais tarde, e ainda tinha os traços honrosas de seus sofrimentos. Uma vez que os bispos foram acompanhados por sacerdotes, Nicéia testemunhou uma série de clérigos, como nunca antes tinha sido reunido em um único lugar. Entre o clero atendente, o diácono ainda jovem Atanásio, destinado a sucedê Alexander na Sé de Alexandria, foi destaque como o antagonista mais poderoso do arianismo. 

O Sínodo se reuniu no palácio imperial de 20 de maio a 25 de julho. O fim do processo obtido, e no qual a presidência foi investido, são problemas que não admitem determinada solução: o fato indiscutível é que Constantine - que, por sua aparência, foi atribuída uma recepção cerimoniosa, e ele mesmo fez um discurso sobre a ocasião - exerceu uma influência decisiva sobre as discussões. 


As deliberações sobre a questão Arian passou por várias fases distintas antes da condenação definitiva de Arius e suas doutrinas foi alcançado. Um ponto de vista claramente definida em relação a este problema - a relação de Cristo com Deus - foi realizada apenas pelo grupo atenuada de arianos e longe de numerosos seção de delegados, que aderiram com convicção inabalável com a visão de Alexandria. A maior parte dos membros ocupava uma posição entre os dois extremos. Eles rejeitaram as fórmulas de Ário, e se recusou a aceitar as dos seus adversários; ou seja, eles eram apenas competente para estabelecer negações, mas não tinha capacidade, ainda, de dar a sua atitude de compromisso uma expressão positiva. No principal que perpetua a linha de Orígenes.  

Que a maioria do conselho devem ter adotado a tendência neutra é facilmente compreensível quando se considera o estado de teologia em que período. É verdade, em Nicéia esta maioria eventualmente concordado com a decisão dos alexandrinos; No entanto, este resultado deveu-se, não a convicção interna, mas, em parte, à indiferença, em parte, à pressão da vontade imperial - um fato que é demonstrado principalmente pela história posterior dos conflitos arianos.  

Porque, se o Sínodo de Nicéia tinha chegado a sua decisão final pelo acordo de consciência de todos. não-arianos, em seguida, a confissão de fé lá formulado pode de fato ter evocado o antagonismo contínuo dos arianos, mas deve necessariamente ter sido defendida por tudo. Isto, no entanto, não foi o caso; de fato, o credo foi assaltado por essas mesmas entidades que compuseram o laissez-faire centro em Nicéia; e somos obrigados a concluir que, neste ponto, o voto não era critério das convicções íntimas do conselho. 

No sínodo, uma confissão de fé Arian foi levado para a frente e ler; mas despertou uma tempestade de indignação que, obviamente, no interesse de uma restauração da paz eclesiástico, não poderia haver nenhuma questão de sua aceitação. Nesta, Eusébio de Cesaréia apresentou o credo batismal de sua comunidade; e este se reuniu com a aprovação imperial. Desde o credo datado de um período anterior à eclosão da luta Arian, sua recepção teria sido equivalente a uma declaração por parte do Conselho, que se recusou a definir a sua posição com referência à controvérsia da hora.


Que o maior número de delegados não estavam dispostos a adotar este subterfúgio, de modo agradável ao seu ponto de vista, e para arquivar a solução real dos problemas inteiros pelo reconhecimento deste ou alguma fórmula neutra semelhante, é extremamente provável. Mas o imperador manifestamente viu que, se as dificuldades foram iludiu em qualquer modo, era inevitável a partir da própria natureza do caso, que deve subir novamente de forma acentuada, e que, conseqüentemente, nenhuma pacificação se poderia esperar de esta política. Uma vez que a Igreja Oriental subscreveu a solução Alexandrino da pergunta, ele chamou a dedução natural e concluiu que ele tinha aqui um verdadeiro presentment do sentimento da Igreja, que, se ele recebeu sanção oficial, era de se esperar justamente para restaurar a paz da comunidade cristã. 

Mas, ao pronunciar esse ponto de vista, ele teve o cuidado de dissociar-se da formulação de uma nova confissão, pois era imperativo para evitar até mesmo uma inovação evidente nos artigos de fé. Assim, ele propôs que o credo cesariana deve ser modificado pela inserção das senhas de Alexandria - como se para efeitos de definição mais precisa - e pela supressão de determinadas porções. Que ele apreciou a importação dessas alterações, ou percebeu que esta revisão foi praticamente a proclamação de uma nova doutrina, é pouco provável. 

O credo, assim, evoluiu - a expressão oμoounLos é de origem ocidental - foi finalmente assinado por todos os deputados, com exceção dos bispos Theonas de Marmarica e Secundus de Ptolemaida: mesmo os arianos haviam apresentado. Os dois prelados recalcitrantes, com o presbítero Arius, foram banidos para Ilíria; Eusébio de Nicomédia e Theognis de Nicéia também foram levados para o exílio, e ao mesmo tempo as obras de Ário foram condenados a serem queimados sob pena de morte.

Mas esta unidade artificial houve ratificação da paz: na verdade, ele abriu o caminho para uma luta que convulsionou a todo o império. Pois foi a proclamação do Credo Niceno que primeiro abriu os olhos de muitos bispos para a importância do problema não tratados; e sua explicação levou a Igreja a obrigar-se, pelo árduo caminho da obra teológica, em conformidade com esses princípios, enunciados em Nicéia, para que, no ano de 325, ela se prometeu, sem consentimento genuíno.

Além da Arian impasse, houve a cisão do Bispo Melécio de Lycopolis na Tebaida, cuja liquidação Constantino havia adicionado ao programa do conselho. Ele e Pedro, bispo de Alexandria, tinha entrado em conflito sobre o tratamento dos "apóstatas" ( lapsi ) na perseguição de Diocleciano; e sua luta adquiriu amargura adicional a partir do fato de que ele foi estendido para cobrir as prerrogativas do bispado de Alexandria. Peter tinha composto um tratado defendendo princípios moderados e censurar o namoro de martírio para seu próprio bem, em seguida, ido tão longe como para salvar-se pela fuga. Melécio, por outro lado, representou a escola mais rigorosa, e permitiu-se infracções arrogante da lei. Quando isso resultou em sua deposição por um sínodo, uma facção que ainda adere a ele, e os Meletians se tornou uma comunidade cismática; e tal que se manteve mesmo após a morte de Pedro (3n), que demonstrou por seu martírio que seus conselhos de moderação não foi solicitado por covardia.

Este cisma Meletian feito para a desordem na vida eclesiástica do Egito, tudo o mais, porque os seus seguidores do lado de Ário. O Concílio de Nicéia quebrou a força do movimento por grandes concessões aos bispos Meletian, e, ao mesmo tempo, reconheceu expressamente os direitos supremos do alexandrino ver o Egito, a Líbia ea Pentápolis. Uma vez que, na resolução lidar com este ponto (canon vi.), Foi feita referência à soberania análoga e indiscutível da sé romana - sobre XIX. 2 I das dez províncias suburbican, ligado à diocese de Roma, incluindo média e baixa Itália, com as ilhas de Sicília, a Córsega ea Sardenha - esta decisão consagra uma prova importante para a história do papado. 

Nesta oportunidade, os seus privilégios antigos foram restaurados para o bispo de Jerusalém, que, em conseqüência da história política da Terra Santa, foi subordinado ao metropolitana de Cesaréia (cânon vii.). O caminho foi suavizada para a readmissão dos Novatians ( cátaros ) para dentro da igreja, reconhecendo, neste caso, o seu clero, com a estipulação de nu que a imposição das mãos devem seguir a sua promessa escrita para ser fiel à doutrina da Igreja Católica (canon viii.). -, Que diz respeito à questão muito debatida quanto ao término do festival da Páscoa, o sínodo se comprometeu medida em que se pronuncia a favor do ciclo de Alexandria - um acordo que implicava resultados tão importantes na vida prática que foi comunicada ao as igrejas cristãs por Constantino em uma carta circular. 

O problema, se um batismo, realizado por hereges, em nome de Cristo ou da Trindade, deve classificar como um batismo ou. Não, tinha dado origem a uma controvérsia animada entre o bispo romano Estevão, que respondeu afirmativamente, e Cipriano de Cartago, que deu um decidiu igualmente negativa. O Conselho seguiu a prática romana, apenas declarando a nulidade dos batismos transmitidos pelos adeptos de Paulo de Samósata (cânone xix.). Uma disposição importante, em matéria de direito eclesiástico, foi que a chirotony de um bispo exigida a presença de pelo menos três outros bispos de sua província, enquanto a confirmação da escolha permaneceu à disposição do metropolitano (canon iv.). 

Outro regulamento foi que dois sínodos provinciais deve ser realizado anualmente (canon v.); mas uma lei decretando o celibato do clero foi rejeitado, em Nicéia, desde Pafúncio, um bispo idoso do Egito que havia sido testado em perseguição, avisou os seus colegas contra o perigo de impor demasiado árdua um jugo sobre o sacerdócio, e defendeu a santidade de casamento. 


Como Constantino convocou o Sínodo, então ele determinou a sua conclusão. Um banquete brilhante no palácio imperial - de que Eusébio de Cesaréia dá conta entusiasmado - marcou seu fim, depois que os bispos foram concedidos seu retorno. As advertências para a paz com a qual ele os dispensou provou inútil pelas razões indicadas acima, mas a reputação do primeiro concílio ecumênico não sofreu redução em consequência.

fonte.enciclopedia britanica 1911

A profissão de fé e os cânones do Concílio de Niceia
O Concílio de Niceia estabeleceu vinte cânones, os quais darão sequência ao Credo Niceno. Um breve resumo de seu conteúdo:

Cânon I - Eunucos podem ser recebidos entre os clérigos, mas não serão aceitos aqueles que se castram.
Cânon II - Referente a não promoção imediata ao presbiterato daqueles que provieram do paganismo.
Cânon III - Nenhum deles deverá ter uma mulher em sua casa, exceto sua mãe, irmã e pessoas totalmente acima de suspeita.
Cânon IV - Relativo a escolha dos bispos.
Cânon V - Relativo a excomunhão.
Cânon VI – Relativo aos patriarcas e sua jurisdição.
Cânon VII - O Bispo de Jerusalém seja honorificado, preservando-se intactos os direitos da Metrópole.
Cânon VIII - Refere-se aos novacianos.
Cânon IX - Quem quer que for ordenado sem exame deverá ser deposto, se depois vier a ser descoberto que foi culpado de crime.
Cânon X - Alguém que apostatou deve ser deposto, tivessem ou não consciência de sua culpa os que o ordenaram.
Cânon XI – Penitência que deve ser imposta aos apóstatas na perseguição de Licínio.
Cânon XII - Penitência que deve ser feita àqueles que apoiaram Licínio na sua guerra contra os cristãos.
Cânon XIII - Indulgência que deve ser dada aos moribundos.
Cânon XIV – Penitência que deve ser imposta aos catecúmenos que caíram em apostasia.
Cânon XV - Bispos, presbíteros e diáconos não se transferirão de cidade para cidade, mas deverão ser reconduzidos, se tentarem fazê-lo, para a igreja para a qual foram ordenados.
Cânon XVI - Os presbíteros ou diáconos que desertarem de sua própria igreja não devem ser admitidos em outra, mas devem ser devolvidos à sua própria diocese. A ordenação deve ser cancelada se algum bispo ordenar alguém que pertence a outra igreja, sem consentimento do bispo dessa igreja.
Cânon XVII - Se alguém do clero praticar usura deve ser excluído e deposto.
Cânon XVIII - Os diáconos devem permanecer dentro de suas atribuições. Não devem administrar a Eucaristia a presbíteros, nem tomá-la antes deles, nem sentar-se entre os presbíteros. Pois que tudo isso é contrário ao cânon e à correta ordem.
Cânon XIX – As regras a se seguir a respeito dos partidários de Paulo de Samósata que desejam retornar a Igreja.
Cânon XX - Nos dias do Senhor (refere-se aos domingos) e de Pentecostes, todos devem rezar de pé e não ajoelhados.

Nas atas do Concílio de Niceia, assinadas por todos os bispos participantes, com exceção dos dois seguidores de Ario, constou o texto da seguinte profissão de Fé:


 “     Cremos em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra, o qual por causa de nós homens e por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem, padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas quantos àqueles que dizem: 'existiu quando não era' e 'antes que nascesse não era' e 'foi feito do nada', ou àqueles que afirmam que o Filho de Deus é uma hipóstase ou substância diferente, ou foi criado, ou é sujeito à alteração e mudança, a estes a Igreja anatematiza    ”

FONTE WIKIPEDIA

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